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O que designers de interiores precisam considerar em projetos comerciais

9 de junho de 2015

O desenvolvimento de projetos para ambientes de uso comercial requer um planejamento prévio bastante criterioso.  Além das questões arquitetônicas que também envolvem o design de espaços residenciais, é preciso levar em conta os mínimos detalhes sobre as legislações e protocolos específicos ao tipo de negócio que será efetuado naquele local. Tudo isso será determinante desde a escolha dos materiais até os toques finais de acabamento.

Designers de interiores costumam utilizar critérios próprios para seus projetos, mas são consensuais em afirmar que o conhecimento prévio sobre o ramo é determinante. “É necessário fazer uma pesquisa profunda sobre o nicho comercial e sobre as características da empresa. Só então se estabelece um programa adequado ao início da empreitada”, esclarece Ana Maria Wey, presidente da Associação de Decoração do Estado de São Paulo (ADESP).

A estratificação do mercado em diversas categorias e ramificações também demanda uma sensibilidade aguçada por parte do designer de interiores, assim como a realidade em que a empresa pretende se inserir. Segundo Cintia Lie Matuzawa, coordenadora do curso de extensão em Visual Merchandising do IED São Paulo, muitas vezes o briefing passado pelo cliente não condiz com as necessidades do seu negócio.

“O seu cliente pode ser um alto empresário que abrirá um restaurante para atender a classe popular. Nesse caso, critérios que às vezes fogem ao conhecimento dele irão definir a identidade do espaço, quais materiais de acabamento serão selecionados, qual será a localização…”, exemplifica Cintia, que reforça a necessidade de uma postura participativa: “O designer de interiores ou arquiteto deve ter bagagem suficiente para propor soluções inovadoras ou mesmo dar um direcionamento ao negócio”.


Caso a caso

Para a arquiteta Ana Ono, o conhecimento sobre as especificidades do negócio e o conhecimento sobre o público alvo podem evitar gastos no futuro. “O conhecimento das normas facilita o projeto e evita adequações ou ‘puxadinhos’ na fase final. Também é importante considerar a eficiência, durabilidade e resistência dos materiais que irá utilizar, além da estética, claro”, comenta.

Vice-presidente de marketing da ADESP, Daniela Colnaghi conta que utilizou materiais requintados para realizar o projeto de decoração da Pucci (foto), sofisticada casa de eventos localizada no Itaim Bibi. “Os acabamentos são em madeira, luminárias de aço corten em tons de cobre e aço. O ambiente foi propositalmente integrado para que todos que estão no mezanino possam ver o que acontece no andar de baixo”, explica Daniela.

Já os projetos de interiores de escritórios precisam levar em conta algumas características do local e do funcionamento da organização. Levam-se em conta a quantidade de funcionários versus o número de departamentos, os tipos de trabalho em cada área e a disposição de mesas ou estações de trabalho, compartilhadas ou não, além de uma série de ouros fatores.

De acordo com a arquiteta Sandra Quezada, a legislação deve ser seguida a risca no lay out de escritórios, com rotas de fuga bem definidas e corredores largos para a circulação principal (1,20m). “Além da ocupação máxima permitida por metro quadrado e cuidados com quantidade de luz, ar condicionado e até de mobiliário, atendendo as normas de ergonomia vigentes”, afirma.


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