12 de agosto de 2015
Depois de passar por mudanças profundas, a pós-graduação em Design de Interiores Contemporâneo do IED São Paulo completa seu primeiro ciclo com o fim do primeiro semestre. A renovação foi promovida pelo coordenador do curso, Alexandre Salles, e envolveu boa parte do corpo docente, alunos e ex-alunos.
Desde março, os dez módulos que compõem a grade passaram a operar sob uma nova lógica, que tende a conduzir o ensino por um caminho mais multidisciplinar, horizontal e inovador. Também participaram ativamente no processo Fabiano Pereira, diretor geral de pós-graduação, e Cintia Lie, ex-coordenadora do curso.
Saiba qual a visão e as propostas de Alexandre Salles, em entrevista franca e direta sobre mudanças curriculares, reconfiguração do quadro de professores e expectativas para o futuro:
Mudanças
Foi necessário criar um novo caminho. A gente passa de um formato de pós mais conservador para um formato mais inovador como forma de pensar o Design de Interiores. Vimos a necessidade de trazer disciplinas que nunca haviam sido mencionadas, como Design Thinking e Branding, assim como fazer uma revisão de todos os conteúdos existentes.
Começamos a primeira turma nesse novo formato em março e percebi que o resultado tem sido muito positivo. Eles estão com enorme expectativa para o segundo semestre quando começa a parte de projeto. Obviamente essa mudança trouxe uma troca enorme de professores. Eu saí para o mercado atrás de profissionais que estivessem mais ligados ao novo formato e que tivessem uma conexão horizontal. Por exemplo, há agora uma conexão real entre o curso de luminotécnica e o curso sobre bares, mantendo o cuidado com o todo.
Novo formato
São 10 módulos, contando os temáticos. Agora, num primeiro momento, os alunos têm aula sobre a história do Design e as formas mais atuais em que isso aparece e se conecta com o Design de Interiores. Nos primeiros dois módulos, nós provocamos os alunos e eles ficam ansiosos para saber o que vêm a seguir. Nesse momento, já trazemos maneiras de como enxergar cor, luz, aspectos ligados a espaços efêmeros, a lojas, bares… A diferença dessa estrutura para anterior é que essa forma de pensamento é trazida para o começo. Antes, o aluno passava por tudo, chegava no TCC, e só então começava a ter proximidade com os novos formatos.
Perfil do aluno
Vamos começar a oferecer uma gama de conteúdos que o aspirante à pós deve estar sabendo de antemão. A gente está priorizando um perfil de aluno com mente mais aberta, a fim de trabalhar conteúdos multidisciplinares como psicologia, por exemplo. A pessoa não pode estar atrás apenas de referências de azulejos, porque, antes de decidir o que vai colocar na parede, é necessário pensar esse projeto em todas as instâncias.
Posicionamento
Em relação à concorrência, posso dizer que nosso formato é mais livre. O aluno chega aqui e pergunta “eu vou aprender a especificar material?”, ou seja, ele já vem com uma demanda que o próprio mercado imputa e uma comodidade que a profissão ganhou. O nosso diferencial é fomentar o pensar Design de Interiores numa maneira mais global. E isso vai de encontro à vontade de quem chega aqui e diz “diz uma faculdade muito técnica, mas isso não tem me ajudado muito na minha profissão”. Não deixamos de ser técnicos, mas agregamos outros conhecimentos complementares para o desenvolvimento de qualquer projeto.
Estão abertas as matrículas para a pós em Design de Interiores Contemporâneo com início em setembro.
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