19 de junho de 2015
Após passarem por uma preparação criteriosa, cerca de 40 jovens estudantes recebem a importante missão de apresentar ao público as obras expostas durante a 16ª edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), que acontece na galeria da Fiesp, em São Paulo, até o dia 16 de agosto. Quem está por trás desse processo invisível ao público, porém fundamental para o sucesso do principal evento de arte digital do país, é Eliane Weizmann, coordenadora da graduação em Design Gáfico e Digital do Istituto Europeo di Design – IED São Paulo.
“É um trabalho cuidadoso de formação de alunos selecionados dentre diversos cursos e instituições de ensino, principalmente das áreas do design gráfico e das artes plásticas. São eles que ficam no espaço expositivo, fazendo a ponte entre as obras, os artistas e os visitantes. No fim das contas, toda a exposição é representada por eles”, contextualiza Eliane, que também expôs dois trabalhos em edições anteriores, em São Paulo, no Rio e em Porto Alegre.
Pelo quinto ano consecutivo, a Coordenação do Educativo da FILE é feita pela Eliane, com auxílio de uma assistente e três supervisores. A formação é feita na sede do IED São Paulo, em Higienópolis. Para a edição deste ano, os mediadores passaram por uma semana intensa de imersão, com encontros diários de quatro horas de duração, que serviram para a apresentação do festival, das centenas de obras e até de alguns artistas expositores.
A responsabilidade não é pequena, considerando que o festival faz um panorama sobre o que há de mais atual neste segmento relativamente novo da arte, que deu os primeiros passos na Inglaterra nos anos 1960 e ainda desperta certo estranhamento. São centenas de trabalhos desenvolvidos por artistas do mundo inteiro e divididos em diversas modalidades, como instalações, animações, webGLs, games, videoarte, sonoridades eletrônicas e GIFs.
Com o tema “The new e-motion”, esta edição faz um trocadilho entre três significados conectados pelos organizadores do evento, Paula Perissinotto, que também é professora do IED São Paulo, e Ricardo Barreto. “A arte digital é uma linguagem contemporânea, a qual o público da FILE é convidado a se aproximar e explorar. O pessoal do educativo adotou a ideia e sabe interpretar as obras sob essas características”, enfatiza Eliane.
Professor artista
Além do Centro Cultural Fiesp, a FILE 215 também apresenta instalações nas estações de metrô Trianon-Masp e Consolação, além da calçada da Avenida Paulista, com a instalação interativa “Solar Pink Pong”, do grupo norte-americano Assocration, e da fachada do próprio prédio da Fiesp. A programação de todas as imagens que são exibidas na enorme tela de LED, que compõe a fachada do prédio, são feitas pelo professor do IED São Paulo, Andrei Thomaz.
Além dessa tarefa, que atrai a atenção de quem passa pela avenida mais famosa da cidade, Andrei colabora no festival com a oficina “Máquinas do Tempo”. Nos encontros, ele apresenta o desenvolvimento de softwares que criam imagens a partir da sobreposição de imagens e pixels capturados em diferentes momentos. No ano passado, o designer e artista apresentou dois jogos interativos intitulados “Labirintos Invisíveis”, com versões para iOS e Android.
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