20 de setembro de 2016
Projeto da publicação nasceu em sala de aula, no curso de graduação em Design Gráfico
No terceiro semestre do curso de graduação em Design Gráfico do IED SP, uma das propostas era ilustrar uma história de um livro infantil. Meses depois, o aluno Lucas Gini aproveitou o trabalho do curso para torná-lo um projeto concreto.
O livro infantil Vicente Sem Dente traz ilustrações inéditas com contexto criativo e atraente para o público.
Lucas conta os detalhes e curiosidades da sua primeira publicação.
Banner no evento de lançamento do livro, dia 20/08, na Casa de Livros.
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IED SP: De que forma o IED colaborou para o processo de criação de um livro infantil?
Lucas Gini: O IED foi o ponto de partida para esse trabalho, porque a proposta de ilustrar uma história infantil veio através do professor Vagner Godoy no terceiro semestre do curso de Design Gráfico. Falei com um amigo, Pedro Kastelic, para escrever uma história original, e fiz os desenhos e a diagramação. Ao longo do processo, consultei vários professores pedindo opiniões sobre ilustração e cores. Depois, numa oportunidade, eu e o Pedro conseguimos contato com a Bamboo Editorial e o que começou como um trabalho do IED, agora é um livro editado, e com um aplicativo com 2 jogos.
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IED SP: Como surgiu a ideia de escrevê-lo com várias palavras terminadas em “ENTE”?
L.G.: A ideia da rima é sempre interessante, especialmente para o público infantil, com o interesse e a graça que ela pode proporcionar. O tema surgiu por ser um confronto que a maior parte das pessoas vive quando criança: a insegurança de perder um dente. A partir dessa palavra-chave, tudo foi surgindo na história, de maneira surpreendente.
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Lucas Gini e Pedro Kastelic no evento de lançamento do livro.
IED SP: As ilustrações possuem um toque de humor?
L.G.: Há, sem dúvida, um apelo lúdico. A fisionomia dos personagens é humana, mas nada realista, trazendo a simpatia do formato do nariz ou tamanhos diferentes dos olhos, além das cores próprias. Tentei evitar traços de seriedade em todos os elementos para que a história ficasse leve e divertida, especialmente para atrair a atenção das crianças. Além disso foi importante ao longo do processo encontrar cores que não remetessem a nenhum tom de pele real, afinal “todo mundo é um pouco Vicente”.
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IED SP: Você pretende continuar investindo em outros projetos infantis? É uma área atraente para futuros designers?
L.G.: Com certeza pretendo continuar com projetos de livros infantis e espero ter essa oportunidade. Acredito que a área seja naturalmente interessante para designers e ilustradores, porque oferece liberdade de criação, e possivelmente o prazer de ver crianças interagindo de verdade com um personagem que você criou, o que é a melhor parte! Ainda assim, é uma área de atuação difícil, na qual existem muitos designers e ilustradores de alto nível. A venda de livros infantis dificilmente proporciona aos autores, tanto escritores quanto ilustradores, a oportunidade de se dedicar apenas a isso.
O mais importante é tentar contato com editoras e sempre apresentar projetos finalizados ou muito próximos disso: dificilmente uma editora vai mostrar interesse em uma sinopse e rascunhos, mesmo que sejam ótimos. Chegando com o livro pronto, a editora pode ver a oportunidade de investir em um bom produto.
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Marcela Aranha, da Casa de Livros, Aloma Carvalho, da Bamboo Editorial, Lucas Gini e Pedro Kastelic, no lançamento do Vicente Sem Dente.
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IED SP: Aonde podemos encontrar o Vicente Sem Dente?
L.G.: O livro está à venda nas lojas físicas por encomenda ou online na Editora Bamboo, Livraria Cultura, Saraiva, Cia dos Livros, Travessa, Casa e Livros e Amazon. Quem comprar o livro tem direito a baixar o app na AppStore e PlayStore.
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