8 de abril de 2019
O IED Rio recebe mais uma vez a Semana Fashion Revolution. O evento internacional, reúne mais de 92 países ao redor do mundo para discutir e estimular novas práticas de consumo, produção e descarte na moda, melhorando impactos sociais, ambientais, econômicos e culturais causados pela indústria.
Entre 22 e 28 de Abril diversos eventos com oficinas práticas, bate papo, exposições e outras atividades tomam conta de espaços e convidam o público à refletirem sobre seus próprios impactos e como juntos podemos transformar a Moda em uma força para o bem.
Na quarta-feira 24 de Abril o encontro acontece no IED Rio, parceiro da Semana Fashion Revolution e grande apoiador desta causa. Yamê Reis, Manoela Castro e Natalia Paes convidam a todos para o talk “As marcas comunicando sustentabilidade”, das 19h30 às 21h30 na sala Magistretti.
Confira a programação completa aqui!
Conheça mais sobre a Semana Fashion Revolution:
Durante os últimos 5 anos, a Semana Fashion Revolution se concentrou em destacar os trabalhadores da cadeia de fornecimento da moda. Vimos centenas de milhares de pessoas usarem a hashtag #QuemFezMinhasRoupas ao redor do mundo para pedir maior transparência da indústria. Milhares de marcas compartilharam detalhes sobre as instalações e pessoas que fazem suas roupas. Milhares de trabalhadores, artesãos, fazendeiros e produtores contaram suas histórias usando a hashtag #EuFizSuasRoupas.
Entretanto, o desrespeito aos direitos humanos, a desigualdade de gênero, a degradação ambiental e o consumismo desenfreado continuam sendo frequentes na indústria global da moda.
Pesquisas apontam que as peças de vestuário estão entre os itens com maior risco de serem produzidos por meio da escravidão moderna.O abuso sexual, a discriminação e a violência de gênero contra mulheres são endêmicos na indústria global de vestuário, onde as mulheres representam em média 80% da força de trabalho. O Global Slavery Index encontrou 40,3 milhões de pessoas em situação de escravidão moderna em 2016, das quais 71% são mulheres.
A produção global de têxteis emite 1,2 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa anualmente, mais do que os vôos internacionais e os transportes marítimos juntos. Enquanto isso, todos os anos, mais de 150 milhões de árvores são derrubadas para a fabricação de viscose, geralmente de florestas antigas e ameaçadas. Produzimos 53 milhões de toneladas de fibras para a fabricação de roupas e têxteis por ano, para jogar fora ou queimar 73% dessas fibras.
Uma mudança sistêmica é mais urgente do que nunca se quisermos combater as mudanças climáticas e criar um futuro mais igualitário para todos. Durante a Semana Fashion Revolution 2019, a campanha trabalhará sobre três pilares:
Mudança cultural
Sempre que compramos, usamos ou descartamos roupas, geramos uma pegada ambiental e um impacto nas pessoas que as produzem – em sua maioria, mulheres.
Nós incentivamos as pessoas a reconhecerem seus próprios impactos ambientais e a agirem para mudar a cultura da moda. Queremos que todos valorizem a qualidade, ao invés da quantidade, e a dignidade no trabalho.
“Queremos lembrar que a moda revolucionária é aquela que faz bem para todos: para a Terra, para quem fez e para quem usa. Lembrar que moda, representatividade e liberdade devem estar na mesma página”, diz Fernanda Simon, Diretora Executiva do Fashion Revolution Brasil.
Mudança na indústria
Não podemos nos dar ao luxo de viver em um mundo onde nossas roupas destroem o meio ambiente, prejudicam ou exploram as pessoas e reforçam as desigualdades de gênero. Em outras palavras, este não é um modelo de negócios sustentável.
A indústria da moda deve medir o sucesso além das vendas e lucros. Precisamos de uma indústria que valorize igualmente o crescimento financeiro, o bem-estar humano e a sustentabilidade ambiental.
Nós exigimos uma indústria de moda transparente e que se responsabilize pelas suas práticas e impactos sociais e ambientais.
Mudança política
Nós queremos ver a transparência e a responsabilidade social e
ambiental da indústria global da moda dentro da agenda governamental de todos os países.
Com os regulamentos e incentivos corretos em vigor e devidamente implementados, o governo pode incentivar uma “corrida pelo primeiro lugar”, onde cidadãos e empresas sejam solicitados, incentivados e apoiados a adotar mentalidades e práticas mais responsáveis e sustentáveis.
Melhorar a forma como as roupas são produzidas, compradas, cuidadas e descartadas é responsabilidade de todos e os governos devem fazer mais para garantir que o futuro da moda seja responsável, sustentável e regenerativo por princípio.
Como participar:
Pergunte às marcas da seguinte maneira:
1- Tire uma foto vestindo uma peça de roupa ou acessório
2- Poste e tagueie a marca
3- Pergunte quem fez usando as hashtags:
#QuemFezMinhasRoupas
#FashionRevolution
As marcas respondem quem fez, mostrando as pessoas por trás
de suas produções, usando as hashtags:
#EuFizSuasRoupas
#FashionRevolution
Não esqueça de divulgar e sempre marcar @fash_rev_brasil
—
https://www.fashionrevolution.org
Índice da transparência Brasil: https://www.fashionrevolution.org/brazil-blog/transparencia-e-tendencia-indice-de-transparencia-da-moda-brasil
FASHION REVOLUTION |Brasil
A moda é uma força a ser considerada. Ela inspira, provoca, conduz e cativa. O Fashion Revolution acredita no poder de transformação positiva da moda, e tem como principais objetivos conscientizar sobre os impactos socioambientais do setor, celebrar as pessoas por trás das roupas, incentivar a transparência e fomentar a sustentabilidade.
O movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria de confecção e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia aconteceu no dia 24 de abril de 2013, e as vítimas trabalhavam para marcas globais, em condições análogas à escravidão.
A campanha #QuemFezMinhasRoupas surgiu para aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto no mundo, em todas as fases do processo de produção e consumo. Realizado inicialmente no dia 24 de abril, o Fashion Revolution Day ganhou força e hoje tornou-se a Fashion Revolution Week, que conta com atividades promovidas por núcleos voluntários, em mais de 100 países.
Queremos tornar a moda uma força para o bem!
No Brasil, o movimento atua há 6 anos. Durante a Semana Fashion Revolution, e ao longo do ano em eventos pontuais, realizamos ações, rodas de conversa, exibições de filmes e workshops, que promovem mudanças de mentalidade e comportamento em consumidores, empresas e profissionais da moda.
Ficamos muito felizes com o crescimento do movimento, que hoje está estabelecido como Instituto Fashion Revolution Brasil e trabalha em parceria com diversos atores.
A Semana Fashion Revolution 2018 envolveu aproximadamente 23 mil pessoas em 47 cidades do Brasil e contou com mais de 400 voluntários e 38 embaixadores em universidades, comprometidos com a organização de 733 eventos. Para se ter uma ideia, em 2017 foram realizados 225 eventos, e em 2016, 54.
A Semana Fashion Revolution 2019 será dos dias 22 ao dia 28 de abril e acontecerá em diversas cidades do Brasil, veja abaixo os contatos para saber mais.
Queremos mostrar ao mundo que a mudança é possível, através do engajamento de todos! A conscientização é o primeiro passo para que poderosas transformações sejam concretizadas. Vamos criar conexões e exigir práticas mais sustentáveis e transparentes na indústria da moda?
Participe de nossa campanha nas redes sociais, em qualquer momento do ano:
1 – Faça uma selfie com a etiqueta da marca que está vestindo
2 – Pergunte na legenda: @nomedamarca #QuemfezMinhasRoupas? #FashionRevolution
3 – Poste e faça parte dessa revolução!
“O Fashion Revolution promete ser uma das poucas campanhas verdadeiramente globais a surgir neste século”, diz Lola Young, criadora do Grupo Parlamentar de Todos os Partidos sobre Ética e Sustentabilidade na Moda no Reino Unido.
A co-fundadora do movimento, Orsola de Castro, completa: “Nós queremos que você pergunte: ‘Quem fez minhas roupas?’. Essa ação irá incentivar as pessoas a imaginarem o “fio condutor” do vestuário, passando pelo costureiro até chegar no agricultor que cultivou o algodão que dá origem aos tecidos. Esperamos iniciar um processo de descoberta, aumentando a conscientização de que a compra é apenas o último passo de uma longa jornada que envolve centenas de pessoas, e realçando a força de trabalho invisível por trás das roupas que vestimos”.
IED SÃO PAULO
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Higienópolis
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IED RIO
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