Temos o orgulho de ter conosco muitos ex-alunos que brilham cada dia mais no universo do design. Lucas Gini é um deles. Venha conhecer um pouco mais sobre ele com a gente:
IED – Como foi sua decisão de vir para o mundo do Design?
Lucas Gini – Foi um processo longo. Quando decidi fazer faculdade, saindo do colegial, e por mais alguns anos enquanto estudei publicidade, não sabia o que é design, as áreas e divisões dentro do termo “design”, o que se faz, em que empresas, pra que empresas, etc.
Fui descobrindo meu interesse pelo design gráfico online em blogs e sites relacionados, e quando me formei em publicidade, em 2013, estava decidido a dar um passo atrás pra mudar minha carreira e o mercado em que atuava.
IED – Qual o maior desafio logo no início?
Lucas Gini – Acho que o início do estudo de design é desafiador em muitos âmbitos, porque, em geral, não estamos acostumados a enxergar o mundo sob um ponto de vista de sintaxe visual, e decodificar a linguagem visual, tanto quanto estamos com a linguagem verbal. É quase como uma alfabetização, e abre uma série de portas que demandam também escolhas de foco de atuação e etc. No entanto, os desafios são muito estimulantes.
IED – Você já viu usabilidade e facilidade para entrar no mercado em meio ao curso. À que você atribui essa sua facilidade?
Lucas Gini – Acho que os pontos mais importantes no início são:
• criar para portfólio (isso vale não só pro início, mas pela carreira toda), ainda que não exista um cliente ou projeto para o qual você é contratado;
• conhecer o máximo de gente possível (também vale pra carreira toda, e é importante ir em eventos e valorizar o contato com professores e colegas);
• mostrar vontade de começar/trabalhar/melhorar (em especial pra bons contatos ou em entrevistas de trabalho).
Lucas citou a importância do contato com professores não apenas no momento das aulas e então fomos conversar com Fabio Silveira, um de seus professores na graduação:
“Foi um aluno excepcional desde o começo do curso até sua conclusão. Um rapaz focado, determinado e muito talentoso. O que mais me chamava atenção era sua curiosidade para todos os assuntos, característica de pessoas inteligentes e criativas. A tipografia,em especial, se tornou sua grande paixão neste percurso. Ele é obcecado pelos princípios de boa legibilidade e do que as letras podem representar e com isso virou um exímio desenhista das letras. Foi um prazer enorme enquanto docente ter participado desta trajetória.”
IED – Como o IED te ajudou a alçar voo na carreira?
Lucas Gini – Dos três pontos que mencionei, o IED me ajudou bastante com dois: criar peças para portfólio e conhecer pessoas influentes do mercado.
Eu já tinha um portfólio quando iniciei o curso, mas era totalmente focado em publicidade, e os trabalhos do IED foram substituindo isso até eu conseguir montar algo mais direcionado à design gráfico, de fato.
Além disso, através de pessoas que conheci no IED tive diversas oportunidades e projetos bem interessantes. Além de amigos, são contatos importantes para a vida de trabalho.
IED – Você tinha alguma matéria favorita? Se sim, qual e porque?
Lucas Gini – Tive muitas matérias que gostei muito, e acho que as de Projeto Gráfico são provavelmente as que mais dão possibilidade de aprendizado integrado e de criar projetos interessantes. Mas as minhas favoritas foram as de Tipografia e Ilustração, porque são as áreas que mais gosto dentro do universo do design gráfico.
IED – Seu projeto Vicente Sem Dente foi o primeiro em Design ou já tinha arriscado algo antes? Conta um pouco pra gente como foi o processo e descreve a sensação?
Lucas Gini – Eu já tinha projetos no portfólio e já trabalhava na área de design de uma consultoria de branding, mas esse foi o primeiro projeto completo de ilustração.
O processo teve bastante experimentação até eu encontrar um traço que me agradava pra aquela história (que foi escrita por um amigo meu), e teve duas etapas: a primeira pra entrega na faculdade, porque era um trabalho do 3º semestre, e uma segunda em que ajustei todas as cores e refiz a maioria das ilustrações com mais cuidado; tirei férias do trabalho pra fazer isso e aproveitei as férias da faculdade junto.
IED – Está trabalhando em algo especial agora? Pode contar?
Lucas Gini – Tenho alguns projetos agora. Na verdade hoje atuo como designer freelancer, então tenho alguns projetos com clientes, e projetos pessoais como séries de ilustração e o desenvolvimento de uma segunda fonte com base na que criei no TCC do IED.
https://www.instagram.com/p/BTbugmlhjWb/?taken-by=gini.lucas
IED – Qual a sua maior inspiração de Gráfico e Digital no momento?
Lucas Gini – Difícil definir, até porque acredito que a velocidade da internet nos faz mudar de referências a todo tempo. É interessante buscar uma curadoria das referências que temos, até em grupo, se possível. Atualmente não consigo citar nomes, mas busco referências em artes.
IED – Algum nome do mercado em especial que você indicaria para os alunos que estão começando acompanharem de perto?
Lucas Gini – Existem várias empresas muito boas de design gráfico no Brasil e no mundo, acho legal buscar através de entidades como a ADG.
Mas, ainda mais importante, pesquisar referências antigas, que criaram vários padrões que conhecemos hoje no design gráfico.
IED – Para finalizar, o que te inspira hoje?
Lucas Gini – Para projetos de clientes, são as referências, como disse, mas é bem específico pra cada proposta. Para projetos pessoais, literatura, cinema e artes plásticas.
Acompanhe o Lucas nas redes e fique em contato com seu trabalho!
http://lucasgini.com/
https://www.instagram.com/gini.lucas/
be.net/gini
Conheça o curso de Graduação em Design Gráfico e Digital do IED São Paulo, acessando a página do curso http://iedm.io/design-grafdig
Na última semana recebemos no IED São Paulo a visita do super designer de mobiliário Sergio Fahrer – uma inspiração profissional e tanto à todos que desejam ingressar no fascinante mundo do design.
Considerado atualmente um dos nomes mais expressivos do design contemporâneo brasileiro, Fahrer sempre se interessou pelo uso de novos materiais em suas criações. Motivos nunca faltaram: além de ter que dar conta de um desenho cada vez mais desafiador, a questão do uso da madeira, do manejo sustentável, do material reciclado, da necessidade de pensar nos recursos do país e do planeta fizeram com que ele se preocupasse com novos materiais e procedimentos. Para citar alguns exemplos, foram desenvolvidos móveis em madeira faqueada e torneada, com tubos de fenolite, fibra de buriti, alumínio reciclado, alumínio naval, aço, aço carbono, acrílico reciclado com impressão nano, entre outros materiais sustentáveis. Sua última descoberta é o uso da seringueira, espécie alternativa a outras madeiras já extintas ou em vias de extinção.
Aproveitamos a visita de Sérgio para conversar um pouquinho sobre carreira, vocação e jazz!
Confira o bate-papo!
IED – Conta um pouquinho de como começou a sua história com o Design?
Sergio Fahrer – A minha primeira formação foi em Eletrônica e eu tinha uma empresa nessa área. Essa empresa foi vendida, eu fiquei com uma grana mas, tive que assinar um contrato de ‘não-concorrência’. Foi quando eu comecei a pensar o que mais eu poderia fazer da minha vida. Meu irmão, músico, me incentivou nessa época a ir para os EUA estudar música, pois era algo que eu gostava muito. Estamos falando de uma época sem e-mail, sem mensagens instantâneas. Ao chegar na faculdade (MIT – Musician Institute of Technology – Los Angeles) vi no quadro de anúncios que estavam procurando alguém com experiência em eletrônica e me candidatei. Esse foi o primeiro passo em direção à minha trajetória no design.
Chegando lá, era um estúdio de construção de instrumentos e perguntei porque precisavam de alguém com conhecimento em eletrônica. Me disseram que era por precisar de alguém para passar os fios e instalar os captadores e ao mencionar que eu tinha 10 anos de experiência, fui prontamente contratado. E com o tempo comecei a dar algumas sugestões do meu ponto de vista – até que comecei a construir os instrumentos também.
IED – Você já tinha um olhar, então!
Sergio Fahrer – Na verdade eu tinha uma experiência e uma formação anterior que me ajudou muito com isso.
IED – E o aconteceu depois?
Sergio Fahrer – Eu trabalhava num banquinho desses redondos, reguláveis e sem apoio de costas. E como era contra-baixista e passava o dia de um lado pro outro, eu chegava a noite lá já com dor nas costas. Foi quando pedi ao meu mestre para fazer uma cadeira com encosto e aprendi minha primeira lição sobre design, sem ainda saber que era isso:
“Uma necessidade é sempre um grande alimento para a busca pela solução”
IED – E você fez a cadeira?
Sergio Fahrer – Sim! Se chama cadeira Blues – nome dado pelo meu professor na época e que também foi o responsável por me inscrever num prêmio importantíssimo, garantindo que ela alçasse voo para Milão em pouquíssimo tempo e me consagrasse vencedor do então World Craft Design Award. E tem mais: ele me fez prometer que eu só faria 72 delas.
IED – Porque?
Sergio Fahrer – Porque eu vendi para alguns colecionadores na época, sem saber que eram colecionadores, que apostaram que eu seria um dos jovens talentos que no futuro teria uma representatividade internacional. Então eu vendi as 72 e parei.
IED – Qual a sua dica para ensinarmos a curiosidade para os alunos?
Sergio Fahrer – Essa questão da curiosidade, do interesse…. você vibra quando você tá fazendo alguma das aulas, ou quando você tem um professor que te inspira ou um convidado que te inspira? Essa questão vem muito do interesse, da paixão.
“Eu não acredito que as pessoas devam entrar nas carreiras por serem a carreira do momento – se ela é do momento, não é do futuro”
IED – E por falar em alunos, ficamos sabendo que tem aluno IED trabalhando diretamente com você!
Sergio Fahrer – Sim! O Rioji Watanabe foi uma indicação incrível do IED, estou muito satisfeito. A escola demonstra uma qualidade porque quando ele veio, estava muito preparado. Existe uma troca muito generosa em que ele cresce com a gente mas, nós também crescemos com ele.
Confira o papo na íntegra no canal do IED São Paulo no Youtube:
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Entrevista com Caio Esteves sobre Branding
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A pós-graduação em Branding Experience do Istituto Europeo di Design São Paulo tem novo coordenador. Caio Esteves é arquiteto de formação, concluiu MBA em Branding, começou a carreira neste segmento como Executivo de Marca e após quatro anos abriu sua primeira agência especializada em Place Branding do Brasil.
Confira abaixo um bate papo com o Caio sobre Branding e as oportunidades proporcionadas aos interessados na pós-graduação no qual coordena.
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IED SP: Caio, para começar, o que é Branding?
Caio Esteves: Para mim é a gestão da dinâmica de relacionamento entre marcas e pessoas. E no fim do dia, literalmente, entre pessoas e pessoas. As marcas são feitas por pessoas que, por sua vez, se comunicam com as pessoas que são a audiência da marca.
O Branding está sempre olhando o que é e como vai ser.
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“O que eu falo o tempo inteiro é que não trabalhamos com consumidor e sim com audiência. As marcas devem estar atentas a todos os públicos no qual ela fala e se relaciona. Não necessariamente uma pessoa que se interessa pela marca seja o consumidor do seu principal produto. Um exemplo é a Harley Davidson, muitas vezes o fã da marca não tem uma moto, mas tem um chaveiro ou uma camiseta”.
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IED SP: Quais são os diferenciais da pós-graduação em Branding Experience?
C.E.: É um curso voltado para a experiência da marca, não só no pensamento acadêmico, conceitual ou bibliográfico, mas também entender como a marca transforma e é transformada ao longo do processo; como nós nos conectamos com ela; como somos tocados e como elas são tocadas pelos consumidores de volta.
Durante muito tempo havia uma construção linear composta por: marca, mercado e consumidor. Agora sabemos que é: marca, mercado, consumidor e marca.
A marca se retroalimenta o tempo inteiro da sensação, da conversa, do diálogo, da experiência e do relacionamento com o consumidor.
Aqui no IED nos dedicamos muito entre o fazer e o pensar. Tem uma grande base para o dia a dia, de hands on, pessoas que estão no mercado discutindo isso e vivendo isso. O Branding é um dos segmentos mais dinâmicos que existem. Exige do corpo docente constante atualização, porque as marcas mudaram.
O dinamismo é o ponto forte desta pós-graduação, além da transdiciplinalidade.
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“O desafio de se trabalhar com branding é entender o que cada marca tem de singular e a partir disso trabalhar o fortalecimento da marca”
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IED SP: A quem se destina a pós-graduação?
C.E.: Todo mundo deveria estudar Branding por dar uma visão ampla sobre como as marcas funcionam e como as empresas podem melhorar. Serve para pessoas que trabalham em empresas de departamento de marketing, para formados em Comunicação como os publicitários, para os designers criarem uma camada mais significativa do que fazem, para formados em Administração e também aos empreendedores de modo geral que querem entender como mudar o seu negócio.
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Faça pós-graduação em Design de Interação no IED SP. Inscrições abertas!