A cidade e a região metropolitana de São Paulo estão repletas de terrenos ociosos ou subutilizados. Ao mesmo tempo, milhares de pessoas se descolam diariamente para os grandes e médios centros comerciais e de negócios, como as regiões da Av. Paulista, da Berrini e de Pinheiros.
Estimulados pelo Projeto Nomad – um desafio de mobilidade urbana lançado pela Goodyear para alunos Pós-Graduação em Design Estratégico e Inovação do IED-SP –, Alex Garcia, Lauro Victor de Andrade e Maria Valdeene Zendron perceberam que já era hora de propor alternativas para a equação trabalho-casa-trabalho.
Assim nasceu o FloatSpace, um serviço de compartilhamento entre pessoas e espaços ociosos da cidade, que conecta “locatários”, donos de espaços vagos e fornecedores de serviços variados (equipamentos eletrônicos, mobiliários, buffet etc). Um tripé capaz de viabilizar interações comerciais, evitando deslocamentos desnecessários e aproveitando áreas convenientes.
– Alex Garcia
Toda plataforma inovadora de sucesso também depende de uma identidade visual impactante. Pela experiência nesse campo, Maria ficou responsável por desenvolver o branding do FloatSpace. “Como tem a ver com espaços flutuantes na cidade de São Paulo, sem raízes, precisávamos mostrar que não é algo fixo. O ícone de balão e as cores transmitem essa ideia”, explica.
Os integrantes do grupo contam que a fabricante de pneus Goodyear, ciente de que o automóvel já não é mais a única solução para a mobilidade nas cidades, desafiou estudantes de diversas universidades a proporem modelos de negócios e soluções que atendessem às necessidades do que chamam “nômades modernos”.
Diante desse diagnóstico, eles iniciaram uma extensa pesquisa, que remontou às origens do congestionamento na cidade. Segundo Lauro, a ocupação urbana segue a lógica dos sistemas centralizados, que obriga os cidadãos a se dirigirem sempre para uma sede – seja o trabalho, o local de estudo ou de lazer – para realizar atividades do cotidiano.
Como alternativa aos longos deslocamentos e à concentração urbana sempre nos mesmos locais, “o projeto permite que os usuários se desloquem menos ao acolherem locais mais próximos às suas residências ou em pontos de encontro estratégicos para colegas de trabalho”, explica Lauro.
– Lauro Victor de Andrade
A inspiração para o FloatSpace partiu da observação de outras plataformas multilaterais baseadas na economia compartilhada. Um dos mais prestigiados é o Airbnb, fundado em 2008, e que conecta turistas a casas ou casas inteiras, com ou sem anfitrião. Também foram analisadas plataformas que também são pioneiras em conectar usuários a espaços para trabalho: Liquidspace, Sparechair e Spacified.
“Esses três se aproximam da nossa plataforma. Porém, como dependem de espaços já existentes, decorados e com estrutura de TI, a sua área de abrangência se limita aos grandes centros urbanos”, pontua Lauro, reforçando o diferencial do FloatSpace:“o usuário pode escolher qualquer lugar cadastrado, seja uma sala comercial já montada ou um chalé a beira mar que precise de instalações”.
– Maria Valdeene Zendron
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